João 5.18
Introdução
- Jesus foi identificado pela designação de “filho” pelo menos em 5 sentidos diferentes. Filho de Maria, filho de José, filho de Davi, filho do homem e filho de Deus. Dos 5, os relatos bíblicos informam que apenas por causa de 1 deles foi levado à cruz do Calvário: filho de Deus. Neste caso, foi acusado de blasfêmia.
- Tal condenação não deveria ter existido contra ele, pois os israelitas também foram também chamados de “filhos de Deus” (Isaías 1.2; Jeremias 31.20; Oseias 1.10). Igualmente os cristãos assim foram identificados sem implicação de blasfêmia (Romanos 8.14; Gálatas 4.6; Filipenses 2.15).
- A explicação porque ele foi acusado de blasfêmia era por causa do significado diferente desse título quando foi a ele atribuído. Era um significado tão diferente que os judeus disseram que “ele devia morrer” e Pilatos quando esteve diante dele perguntou de “onde era” (João 19.7-9).
Desenvolvimento
- Sobre a percepção desse significado diferente, um estudioso disse: “afirmamos que na linguagem teológica, os termos Pai e Filho não contém nossa concepção ocidental ... Mas sim as noções semíticas e orientais de semelhança e igualdade de natureza e igualdade do ser... Da mesma forma como qualquer filho humano se assemelha ao pai em sua natureza essencial, isto é, possuir humanidade, assim também Cristo, o Filho de Deus era como o Pai em sua natureza essencial, isto é, possuía divindade”.
- Outro estudioso acrescentou: “todas as vezes em que o título aparece usado por Jesus, na linguagem grega é usado com artigo, diferentemente de quando atribuído a outras pessoas, sem artigo”.
- Os judeus perceberam sem nenhuma sombra de dúvida que esse era o significado. Jesus estava afirmando ser filho de Deus, tendo a mesma natureza e essência do Pai. Por isso foi acusado de blasfêmia e condenado a morrer na cruz.
3.1. Essa divindade de Jesus pode ser por você percebida como Paulo apóstolo percebeu e deixou escrito em Colossenses 1.12-16.
3.2. Pode ser percebida por você igualmente como foi percebida pelo autor da carta aos hebreus, conforme texto que nos deixou: Hebreus 1.1-3.
3.3. Pode ser ainda percebida por você, à semelhança de João apóstolo na Ilha de Patmos, conforme revelação em Apocalipse 5.8-14.
- Um professor universitário europeu comentou as declarações de Jesus ao se identificar como Filho de Deus: “Um homem que fosse simplesmente homem e dissesse as coisas que Jesus Cristo disse, não teria sido um grande mestre da moral. Seria um lunático ou o próprio diabo do inferno (C.S.Lews)”. Em outras palavras: se Jesus não era divino em sua natureza e essência, deve ser classificado como doente mental com ilusões de grandeza.
4.1. Pois foi exatamente assim que os judeus compreenderam suas palavras: João 10.19,20. Foi exatamente assim que seus familiares mais próximos interpretaram no primeiro momento: Marcos 3.21.
4.2. Daí então, não existe outra alternativa senão a de reconhecer que Jesus Cristo sabia o que estava falando, de modo saudável, consciente e verdadeiro, pois de fato era da mesma natureza e essencial do Pai Celestial. Seus primeiros ouvintes entenderam isso claramente, razão por que o acusaram de blasfêmia.
Conclusão
- Em nossos dias ainda existem pessoas que não acreditam na divindade de Jesus, considerando-o apenas historicamente como um ser humano que viveu entre os outros homens. Os adeptos da Ciência Cristã ensinam que ele era filho de Deus sem ser Deus. As Testemunhas de Jeová divulgam que foi criado por Deus e era diferente do Pai Celestial. Os Mórmons proclamam que era um deus igual a outros deuses em escala inferior ao Deus Eterno. Os Espíritas declaram que era filho de Deus no sentido de espírito superior.
- Nós acreditamos que Jesus Cristo era Filho de Deus no sentido de sua semelhança e igualdade com o Pai Celestial em termos de natureza e essência. Com base nesse diferencial é que Jesus tem poder para perdoar pecados, curar enfermos, proporcionar paz, alivio e alegria, garantir salvação dando vida eterna a todo aquele que nele crê.