II Tessalonicenses 3.10-12
QUESTÕES TRABALHISTAS
Introdução
- Geralmente as questões trabalhistas são tratadas por sindicatos, agências governamentais, entidades representativas. Geralmente essas questões dizem respeito aos direitos dos trabalhadores, valor dos salários, quantidade de horas a serem trabalhadas, capacitação profissional, leis que regulamentam as situações.
- O pressuposto, neste caso, é que as pessoas querem trabalhar e estão trabalhando em alguma atividade profissional das muitas que existem em nossos dias. Seja na área de administração, negócios e serviços, de artes e desenho, de ciências e tecnologia, de comunicação e informação, de engenharia e produção, de saúde e bem estar, as pessoas estão realizando algum tipo de atividade profissional.
- No caso específico da abordagem feita pelo apóstolo Paulo sobre o assunto é que algumas pessoas não estavam trabalhando e nem queriam trabalhar. Pior ainda, além de terem uma vida inútil, estavam usando o tempo disponível para prática de desordens e futilidades. Em razão desse comportamento, o apóstolo Paulo foi incisivo não só quanto à necessidade de trabalhar, mas também quanto às consequências: se não trabalha, não coma. As questões trabalhistas, portanto, naqueles dias, era de vadiagem, ociosidade, vagabundagem.
Desenvolvimento
- Para não sermos injustos e impiedosos em nossos dias, precisamos separar as pessoas que não estão trabalhando por vadiagem, ociosidade e vagabundagem daqueles que fazem parte da multidão de desempregados que não estão conseguindo uma vaga no mercado de trabalho.
1.1. Se em épocas passadas essa multidão de desempregados já estava em torno de 5% entre 1981 e 1994, esse percentual cresceu para mais de 9% entre 1995 e 2014.
1.2. Os especialistas tem apontado as seguintes causas para explicar o crescimento do desemprego no Brasil: crises internacionais, cenário político instável, competição no mercado, automatização da mão-de-obra, falta de qualificação.
1.3. Os principais efeitos dessa crise trabalhista são: empobrecimento da população, instabilidade familiar, adoecimento psicológico e físico, aumento da criminalidade.
1.4. No caso específico dessa dramática realidade social que afeta milhões de brasileiros e suas famílias, o assunto deve ser tratado com respeito, políticas trabalhistas por parte do governo e criação de mecanismos de ação social solidária, inclusive por parte das igrejas cristãs.
- Por outro lado, como diz um ditado chinês, se “a ociosidade é mãe de todos os males”, também afirmou o Marquês de Maricá, “muito se perde por falta de inteligência, porém muito mais por preguiça e aversão ao trabalho”. Por isso, considerando os males pessoais, familiares e sociais que a preguiça e a indolência podem produzir, o apóstolo Paulo foi categórico em reprovar a falta de vontade de trabalhar, punindo-a com a privação alimentar. Uma coisa é não trabalhar por falta de vaga ou de inciativa e outra coisa é não trabalhar por indolência e preguiça.
2.1. O estilo de vida cristão deve ser caracterizado pela inclinação ao trabalho, tanto porque Deus nos deu o mandamento para trabalhar, como também porque Jesus Cristo nos deixou esse exemplo.
2.2. O estilo de vida cristão deve incluir em sua vida de oração a súplica para que Deus em seu poder possa abrir portas de trabalho formal, informal e alternativos, inclusive através do empreendedorismo.
2.3. O estilo de vida cristão deve concluir que, numa época de mercado de trabalho fechado ou altamente competitivo, é preciso buscar capacitação profissional através de cursos de qualificação.
Conclusão
Na fábula da cigarra e da formiga, a primeira vive de forma totalmente despreocupada e sem responsabilidades, enquanto a segunda trabalha para conseguir seu sustento para o inverno que se aproxima. Nessa antiga história, cada animal representa um ponto de vista diferente em relação ao trabalho. Enquanto à aversão ao trabalho só empobrece o indivíduo em todos os sentidos, o amor ao trabalho garante o sustento material e financeiro e também dignifica a pessoa.