Mateus 10.32-37
CONFLITO RELIGIOSO NA FAMÍLIA
Introdução
- Por mais que o projeto inicial de Deus tenha sido que as famílias vivam em harmonia, várias delas, infelizmente, tem experimentado conflitos pelas mais diversas razões.
1.1. Não faltam notícias divulgadas pelos meios de comunicação e pelas mídias sociais a respeito de famílias que vão parar nas delegacias e tem seus nomes em processos judiciais.
1.2. Às vezes as causas são incompatibilidade de gênio, disputa por bens materiais, interesses opostos, influência de parentes, modo de usar o dinheiro, intolerância nas diferenças, dependência de álcool ou drogas, desajustes sexuais, competição pelo poder de mando, ciúmes excessivos, desemprego repentino...
- Além de todos esses motivos e de outros, Jesus Cristo se antecipou revelando que também as famílias poderiam viver dias de conflitos, desentendimentos, rejeição, divisões e separações por motivo religioso. Laços familiares estáveis ou que já estariam afetados seriam rompidos por causa da chegada do evangelho. Os conflitos chegariam a tal ponto que os familiares teriam que escolher entre amar uns aos outros ou amar a Jesus Cristo.
Desenvolvimento
- Sob uma outra ótica, a vinda de Jesus Cristo a este mundo teria o objetivo de unir e fortalecer ainda mais os laços familiares. Atitudes como perdão, reconciliação, amor, compreensão, apoio, conforto e tolerância fariam, como de fato tem feito, muitos lares experimentarem clima de harmonia e felicidade, fé e esperança.
2.1. Conforme ocorreu com André e Pedro que se uniram ainda mais através de Jesus (João 1.40-42).
2.2. Conforme Marta, Maria e Lázaro que desfrutando da presença de Jesus viram milagres de Deus acontecendo entre eles (João 11.1-3).
2.3. Conforme novos padrões de comportamentos no relacionamento familiar que foram ensinados pelos apóstolos desde os primeiros tempos (Colossenses 3.18-21).
2.4. Conforme tem ocorrido com a maioria das famílias cristãs em várias partes do mundo. Famílias que se perdoam. Famílias que se reconciliam. Famílias que se amam muito mais. Famílias que se tornam exemplares.
- Infelizmente, porém, conforme previu Jesus Cristo, nem todas as famílias responderiam bem ao evangelho. Por causa da fé em Jesus Cristo, familiares se odiariam uns aos outros, irmãos iriam se desentender, pais rejeitariam filhos, filhos desprezariam os pais, parentes se afastariam. Infelizmente o clima de inimizade também seria visto no ambiente familiar.
3.1. Esse clima de inimizade familiar foi experimentado pelo próprio Jesus Cristo no primeiro momento, quando seus irmãos chegaram a considera-lo como louco e até queriam interna-lo, além de não acreditarem nele (Marcos 3.20,21, 31,32; João 7.2-5).
3.2. Esse clima de rejeição família tem registros históricos como tendo ocorrido entre famílias judias, islâmicas, budistas, hinduístas. Simplesmente porque alguém da família se tornou crente em Jesus, passou a ser objeto de perseguição, deserção, oposição.
- Como consequência, por serem rejeitados no ambiente familiar consanguíneo e precisarem de suporte psicológico e espiritual para lidar com esse tipo de experiência, muitos viram na igreja sua nova família.
4.1. Jesus mesmo em virtude dessa experiência por ele vivida começou a ensinar que a igreja surge como família alternativa (Marcos 3.31-35).
4.2. Mais tarde o apóstolo Paulo também viu a igreja como uma família que passa a receber os crentes rejeitados em sua família original (Efésios 2.19; 3.15).
Conclusão
O evangelho de Jesus Cristo é pregado para unir e fortalecer os laços de amor entre os membros das famílias, como tem acontecido em todas as épocas e vários lugares. Todavia, se o nome de Jesus Cristo causa rejeição familiar entre seus membros, isto já foi previsto por Jesus que poderia acontecer. Consequentemente também já ensinou que a igreja se torna a nova família afetiva e espiritual, principalmente para quem vive essa experiência. Sejamos, pois cada vez mais unidos em família cristã consanguínea e sejamos cada vez mais família espiritual como igreja para todos os que precisam.