Jó 1.5
Introdução
- Uma das preciosidades desse livro a respeito da história de uma pessoa é informar suas virtudes e qualidades reconhecidas principalmente por Deus quando se refere a ela. Não significa que Jó não tivesse erros e falhas, mas que suas virtudes e qualidades se sobressaiam inegavelmente sobre suas imperfeições.
- Dentre essas virtudes e qualidades reconhecidas por Deus estava a sua atitude de se colocar em oração em favor de seus familiares, principalmente pelos seus filhos. Por mais que eles também fossem pessoas virtuosas, Jó entendia que em algum momento e por alguma razão eles poderiam ter cometido pecados. Jó não esperava saber que eles haviam errado para pedir perdão. Ele se antecipava admitindo a possibilidade do pecado e de pronto intercedia em favor deles. Afinal de contas, como a Bíblia afirmou mais tarde: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus... Não há um justo, nenhum sequer” (Romanos 3.23-26).
Desenvolvimento
- No caso das orações em favor de nossos familiares nos dias atuais, por mais qualidades e virtudes que nossos filhos tenham, precisamos ser realistas quanto ao fato de que sem nosso conhecimento eles podem ter cometido erros, falhas e pecados.
- Isto sem falar nos sonhos, projetos e alvos que fazem parte da vida de nossos filhos, quer em termos escolares, profissionais, financeiros ou culturais. Por mais que nós possamos lhes oferecer o melhor preparo, a melhor educação, a melhor formação, os desafios e concorrência na sociedade são enormes. Somente com a bênção de Deus, eles podem ter êxito e sucesso na vida.
- Mais ainda: nossos filhos tem necessidades que estão além de nossa capacidade de supri-las. São necessidades que extrapolam nossas competências e habilidades como pais em resolver seus problemas.
3.1. Basta lembrar a história da mãe cuja filha estava endemoniada. Era uma necessidade espiritual que só Jesus Cristo poderia atender, razão porque a mãe intercedeu em seu favor (Mateus 15.21-28)
3.2. Também basta lembrar a história do pai cuja filho estava com uma doença incurável. Não era uma situação que a medicina poderia resolver, mas que somente Jesus poderia curar, razão por que ele se pediu a intervenção divina (João 4.46-53)).
- Precisamos orar pelos nossos filhos e filhas em todas as idades. Se eles são ainda crianças, devemos orar pelo futuro deles. Se eles estão na adolescência, precisamos orar para que saibam lidar com suas transformações. Se eles são jovens, precisamos orar pelos relacionamentos afetivos e definição profissional. Se eles são adultos precisamos orar pela estabilidade profissional, financeira e familiar deles. Se eles já são idosos, precisamos orar para que saibam viver a velhice da melhor forma possível. Enfim, oramos pelos nossos filhos enquanto nós estamos vivos e por toda a vida deles.
Conclusão
Não é apenas “orar uns pelos outros” na relação com os irmãos da igreja, mas também e principalmente orar pelos familiares, quer estejam perto dentro de casa, quer estejam distantes nas próprias experiências da vida.