Atos 14.1; Colossenses 4.2-4
ORAÇÕES E PREGAÇÃO
Introdução
- Não é uma experiência rara pessoas se sentirem decepcionadas ao ouvirem alguns pregadores, assim como também ficarem decepcionadas comigo, como pregador. O pior é quando a nossa pregação não gera resultados, isto é, quando pecadores não se convertem, crentes não são edificados, igrejas não experimentam avivamento.
- Infelizmente, porém, o que é raro são as pessoas perceberem essa relação que o apóstolo Paulo fez entre orações e pregação ao escrever à igreja de Colossos, pedindo que orassem por ele. Essa relação foi a base fundamental para que houvesse os resultados que foram registrados pelo historiador Lucas, quando informou que a pregação dele em Icônio gerou muitas conversões entre judeus e gregos.
Desenvolvimento
- Por mais que os pregadores possam se aperfeiçoar na arte de pregar, isto é, adquirir habilidades e competências oriundas da Oratória, da Homilética e da Hermenêutica, disciplinas que começam a estudar quando estão nos Seminários e Faculdades Teológicas, esses recursos didáticos por si só não garantem que suas pregações serão atraentes e eficazes.
- Por isso, quando os ouvintes de uma pregação experimentam um sentimento de decepção, este é o primeiro sinal para perceberem que os pregadores estão sozinhos, sem a participação deles através das súplicas, orações e intercessões. Em outras palavras, não existe pregação que produza resultados sem a unção do Espírito Santo, através da parceria dos membros das igrejas, orando em favor do pregador.
2.1. Essa parceria dos crentes com o pregador leva-o a falar como deve. A explicação de Lucas, como historiador, usou as palavras “falaram de tal modo” (laléō hoútō}, que significam expressar-se de um determinado modo. Quer dizer que o aprendizado didático da Oratória, da Homilética e da Hermenêutica é relevante, mas existe uma dimensão espiritual que faz as pessoas serem persuadidas, convencidas, a terem confiança em Deus, através de Jesus Cristo.
2.2. Essa parceria dos crentes com o pregador mostra que eles também estão interessados em que resultados sejam alcançados, não sendo apenas expectadores que estão assentados nos bancos para analisar e julgar o pregador, emitindo juízo de valores sobre a qualidade da pregação, o tempo da pregação, a gramática usada na pregação, as ilustrações presentes na pregação. Eles atendem o pedido de orar pelo pregador e pela pregação a fim de que o apóstolo falasse como devia falar.
- Geralmente os pregadores são orientados a priorizar a vida de oração em seu ministério de pregação. Para motivá-los a dar valor a esse aspecto de sua pregação, eles ouvem exemplos de pregadores famosos como Finney, Whitfield, Spurgeon, Brainerd, Moddy, Billy Graham cujas histórias relatam que gastavam horas diante de Deus, pedindo a unção. Sammuy Tippit, Conferencista Internacional que tem falado a muitos pregadores, escreveu: “A oração não pode ser somente uma coisa a mais na vida do pregador. Ela deve se tornar a força propulsora por trás dele e de sua mensagem. A oração é a plataforma de onde se proclama a Palavra de Deus. A oração deve ser o fundamento de sua estratégia de ministério e o palco de onde o pregador vai tocar sua trombeta”. O problema é que o apóstolo Paulo, por mais que fosse um homem de oração, entendia que ele precisava também da oração dos crentes. Com humildade, ele pedia: “Orem por mim para que eu saiba como falar”.
Conclusão
Conta a história dos famosos pregadores que Charles Finney acendia as chamas do avivamento, por onde quer que passava. Todavia, muitos ainda não leram, na sua história, que um homem chamado Daniel Nash viajava com Finney e ficava numa sala à parte orando o tempo todo que Finney pregava. Alguém orava por ele enquanto pregava.
Por isso, em nossos dias, quando a pregação é ainda mais imprescindível para conversão de pecadores, edificação de crentes e avivamento das igrejas, não deixem os pregadores sozinhos nos púlpitos onde pregam. Eles precisam de vocês. Nós precisamos das intercessões dos crentes em nosso favor.