58. Diáconos Parceiros

Filipenses 1.1

DIÁCONOS PARCEIROS

Introdução

  1. Embora existam vários outros textos bíblicos onde a atuação diaconal apareça claramente definida, assim como as exigências para que sejam eleitos, gosto muito deste texto aos filipenses, porque mostra os diáconos como parceiros na liderança da igreja de Jesus Cristo.
  2. Paulo apóstolo escreveu afirmando que os membros da igreja de Filipos estavam com “os bispos e diáconos”. Claramente, Paulo escreveu que “todos os santos em Cristo Jesus” daquela igreja estavam sob os cuidados de dois oficiais.

Desenvolvimento

  1. Portanto, além de mostrar as exigências de serem “honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância” e de serem “maridos de uma só mulher, governando bem a seus filhos e suas próprias casas” (I Timóteo 3.8,12), sempre gostei de ver os diáconos das igrejas, onde fui pastor, como meus parceiros na obra do Senhor.
  2. Além de pesquisar e informar sobre a origem do ministério diaconal como resultado da necessidade de atender demandas de murmuração e de carências que os apóstolos já não mais estavam dando conta na Igreja em Jerusalém (Atos 6.1-6), fui capaz de perceber que essa parceria estava também, portanto, na origem da criação dos primeiros diáconos.
  3. Por isso, à luz de tudo o que li em livros sobre o ministério diaconal e das experiências que vivi com dezenas deles em cinco igrejas, onde exerci o ministério pastoral, consegui organizar uma agenda de parceria com os eles, considerando as seguintes atividades:

3.1. Acompanhar o pastor ao púlpito, tanto se existem cadeiras no altar, quanto se eles se assentam no primeiro banco do templo.

3.2. Estar em pé nas laterais internas do templo como presença ostensiva para manter reverência e disciplinar comportamentos negativos.

3.3. Ficar de plantão para atender demandas que apareçam durante os atos de culto em várias áreas do serviço, procurando apresentar as melhores soluções possíveis. Este plantão é identificado com um crachá.

3.4. Estar presente em reuniões administrativas, tanto para interceder pelos acontecimentos, como para contribuir com sugestões pertinentes aos assuntos e às organizações.

3.5. Visitar membros da igreja junto com o pastor, tanto nas visitas de conhecimento familiar quanto nas visitas por motivo de doenças, velhice, ausências, evangelização, discipulado e outras necessárias.

3.6. Observar, analisar e oferecer parecer sobre acontecimentos e eventos em diversas áreas da igreja, tanto de modo particular junto ao pastor quando solicitado, assim como nas reuniões de planejamento e avaliação.

3.7. Preparar e distribuir os elementos da Ceia do Senhor de acordo com o calendário estabelecido pela igreja.

3.8. Cuidar para que o pastor e família sejam devidamente assistidos em suas necessidades no exercício do ministério pastoral.

Conclusão

Também escrevendo sobre os efeitos e resultados de um ministério diaconal parceiro e saudável, o apóstolo Paulo disse: “Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus” (I Timóteo 3.13). A palavra original para “posição” no original é “bathmós”, que em sua tradução literal significa "degrau". O diácono que assim age vai subindo degrau a degrau no respeito que adquire junto ao povo. A outra expressão é “parresia”, que na tradução é intrepidez e no original significa “fala aberta, segura, destemida”. Será um diácono que ao abrir a boca sua voz será ouvida com valorização.

Minha oração é que em todas as igrejas, assim como ocorria em Filipos, os diáconos sejam parceiros dos pastores, para honra e glória de Jesus Cristo.