68. A Parábola das Árvores

Juízes 9.7-15

Introdução

  1. Esta parábola das árvores contada por Jotão, um dos 70 filhos de Gideão, tinha o objetivo de esclarecer ao povo de Israel quais seriam as consequências políticas por terem escolhido Abimeleque, outro filho de Gideão, como rei de Israel.
  2. Na parábola contada por ele, as árvores da floresta decidiram ter um rei que as governasse. Pediram às três nobres árvores que assumissem a liderança. Porém, nem a oliveira, nem a figueira, nem a videira quiseram. Restou às arvores pedirem ao espinheiro, que imediatamente aceitou governá-las, mas também lhes advertiu que, se não obedecessem cegamente, todas as árvores seriam queimadas.
  3. Com esta parábola, Jotão queria dizer quais seriam as trágicas consequências sobre Israel por terem eleito Abimeleque como rei.

Desenvolvimento

  1. Vamos entender o contexto histórico da situação para que compreendamos a parábola das árvores e possamos aplicaá-la em nossos dias.

1.1. Era época dos juízes, quando o povo vivia um período em que “cada um fazia o que queria”, pois não mais queriam ser liderados por Deus e consequentemente viviam dias amargos.

1.2. Nesse tempo, vez por outra, mesmo assim. alguém aparecia e em nome de Deus exercia a liderança, trazendo as bênçãos do Senhor sobre o povo. Foi o caso de Gideão.

1.3. Como consequência de sua liderança libertadora, o povo quis torna-lo rei, o que Gideão não aceitou, dizendo que somente Deus deveria governá-los. Gideão disse: “Sobre vós eu não dominarei, nem tampouco meu filho sobre vós dominará; o Senhor sobre vós dominará” (Juízes 8:23).

1.4. Enquanto estava liderando em nome de Deus, o povo viveu em paz, mas após a sua morte, um dos seus filhos chamado Abimeleque QUIS SE TORNAR REI DE ISRAEL e para evitar concorrência dos irmãos imediatamente quis também matar seus 70 irmãos filhos de Gideão, escapando apenas o filho mais novo, Jotão.

1.5. Foi nesse ambiente criminoso que Jotão contou a parábola das árvores e queria mostrar com ela que Abimeleque seria como um espinheiro na vida do povo, gerando sofrimentos e dores, o que de fato ocorreu.

  1. Na parábola, a oliveira, a figueira e a videira não queriam assumir o reinado sobre as demais árvores, porque entendiam que a elas caberia apenas produzir frutos, sem tomar o lugar de Deus como governantes, o que fez exatamente o espinheiro.
  2. Em nossos dias, nós não precisamos do governo de homens que desejam tomar o lugar de Deus. Vejamos as razões:

3.1. Jesus Cristo já se identificou como nosso Senhor, isto é, como nosso governante. Ele mesmo disse: “Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou.” (João 13.13)

3.3. Ele mesmo é nosso Rei tanto neste tempo presente em termos espirituais, como no milênio em termos reais e na eternidade em termos celestiais (Apocalipse 19.11-16)

Conclusão

   Tendo Jesus Cristo como nosso Rei e Senhor, em nosso coração, temos condições de não escolher através do voto um espinheiro para ser nosso governante. Mais ainda: se temos que votar num candidato, precisamos de alguém que governe em nome de Deus, pois somente assim seremos abençoados pelo Pai Celestial.