Juízes 9.7-15
Introdução
- Esta parábola das árvores contada por Jotão, um dos 70 filhos de Gideão, tinha o objetivo de esclarecer ao povo de Israel quais seriam as consequências políticas por terem escolhido Abimeleque, outro filho de Gideão, como rei de Israel.
- Na parábola contada por ele, as árvores da floresta decidiram ter um rei que as governasse. Pediram às três nobres árvores que assumissem a liderança. Porém, nem a oliveira, nem a figueira, nem a videira quiseram. Restou às arvores pedirem ao espinheiro, que imediatamente aceitou governá-las, mas também lhes advertiu que, se não obedecessem cegamente, todas as árvores seriam queimadas.
- Com esta parábola, Jotão queria dizer quais seriam as trágicas consequências sobre Israel por terem eleito Abimeleque como rei.
Desenvolvimento
- Vamos entender o contexto histórico da situação para que compreendamos a parábola das árvores e possamos aplicaá-la em nossos dias.
1.1. Era época dos juízes, quando o povo vivia um período em que “cada um fazia o que queria”, pois não mais queriam ser liderados por Deus e consequentemente viviam dias amargos.
1.2. Nesse tempo, vez por outra, mesmo assim. alguém aparecia e em nome de Deus exercia a liderança, trazendo as bênçãos do Senhor sobre o povo. Foi o caso de Gideão.
1.3. Como consequência de sua liderança libertadora, o povo quis torna-lo rei, o que Gideão não aceitou, dizendo que somente Deus deveria governá-los. Gideão disse: “Sobre vós eu não dominarei, nem tampouco meu filho sobre vós dominará; o Senhor sobre vós dominará” (Juízes 8:23).
1.4. Enquanto estava liderando em nome de Deus, o povo viveu em paz, mas após a sua morte, um dos seus filhos chamado Abimeleque QUIS SE TORNAR REI DE ISRAEL e para evitar concorrência dos irmãos imediatamente quis também matar seus 70 irmãos filhos de Gideão, escapando apenas o filho mais novo, Jotão.
1.5. Foi nesse ambiente criminoso que Jotão contou a parábola das árvores e queria mostrar com ela que Abimeleque seria como um espinheiro na vida do povo, gerando sofrimentos e dores, o que de fato ocorreu.
- Na parábola, a oliveira, a figueira e a videira não queriam assumir o reinado sobre as demais árvores, porque entendiam que a elas caberia apenas produzir frutos, sem tomar o lugar de Deus como governantes, o que fez exatamente o espinheiro.
- Em nossos dias, nós não precisamos do governo de homens que desejam tomar o lugar de Deus. Vejamos as razões:
3.1. Jesus Cristo já se identificou como nosso Senhor, isto é, como nosso governante. Ele mesmo disse: “Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou.” (João 13.13)
3.3. Ele mesmo é nosso Rei tanto neste tempo presente em termos espirituais, como no milênio em termos reais e na eternidade em termos celestiais (Apocalipse 19.11-16)
Conclusão
Tendo Jesus Cristo como nosso Rei e Senhor, em nosso coração, temos condições de não escolher através do voto um espinheiro para ser nosso governante. Mais ainda: se temos que votar num candidato, precisamos de alguém que governe em nome de Deus, pois somente assim seremos abençoados pelo Pai Celestial.