I Coríntios 7.1-5
INTIMIDADE MATRIMONIAL
Introdução
- Por mais que os membros da igreja cristã na cidade de Corinto estivessem interessados em questões teológicas e doutrinárias, claramente demonstraram ao apóstolo Paulo que também estavam interessados em questões matrimoniais, principalmente em relação à intimidade sexual deles, como marido e mulher.
- Essa mesma necessidade continua existindo nos dias atuais, por mais que os membros das igrejas estejam vivendo experiências de arrebatamento espiritual, desfrutando de revelações das regiões celestiais quanto à vida espiritual. Aliás, numa pesquisa realizada há algum tempo sobre este tema, constatou-se que o assunto está sem ser tratado, “existindo muito dogmatismo e falta de diálogo, havendo um abismo entre o discurso dos púlpitos e a prática dos crentes” (https://www.novotempo.com/pesquisa-o-crente-e-o-sexo-revela-como-anda-a-sexualidade-do-cristao/).
Desenvolvimento
- Não sabemos exatamente quais foram as perguntas feitas pelos crentes da cidade de Corinto, mas o apóstolo Paulo as respondeu através desse texto, o qual pode ser lido na NVLH: “Agora vou tratar dos assuntos a respeito dos quais vocês me escreveram. Vocês dizem que o homem faz bem em não casar. Mas eu digo: já que existe tanta imoralidade sexual, cada homem deve ter a sua própria esposa, e cada mulher, o seu próprio marido. O homem deve cumprir o seu dever como marido, e a mulher também deve cumprir o seu dever como esposa. A esposa não manda no seu próprio corpo; quem manda é o seu marido. Assim também o marido não manda no seu próprio corpo; quem manda é a sua esposa. Que os dois não se neguem um ao outro, a não ser que concordem em não ter relações por algum tempo a fim de se dedicar à oração. Mas depois devem voltar a ter relações, a fim de não caírem nas tentações de Satanás por não poderem se dominar”. Em palavras mais claras: a intimidade sexual é parte natural da vida matrimonial.
- Em nossos dias, se não existe essa intimidade natural entre os casais, várias hipóteses podem ser levantadas, como problemas hormonais, disfunção erétil, frigidez feminina, alterações bioquímicas, traumas psicológicos, excesso de rigidez moral, tendência para o conflito interpessoal, depressão. Em todos esses casos, além de buscar ajuda através da oração, os casais precisam ter consciência de que são os profissionais da medicina e da psicologia que tem os tratamentos a serem adotados para solução dos problemas. Quando os textos bíblicos mencionam as mandrágoras (Gênesis 30.14-16; Cantares 7.13), como recurso afrodisíaco da medicina fitoterápica, estão admitindo que o corpo humano pode precisar de terapias que sejam as mais eficientes para que a intimidade do casal seja realizada.
- Se ao casal pertence a sua intimidade, podendo ser compartilhada somente em situações quando ocorram problemas médicos e psicológicos, assim mesmo a profissionais que tenham formação cristã e sejam de toda confiança, isto significa, em outras palavras, que a maneira como lidam com sua sexualidade é um assunto exclusivo deles, restrita à sua privacidade. Por outro lado, todavia, isto não significa que a adoção de desvios sexuais claramente condenados na Bíblia fique limitada ao juízo de valor do casal. A Bíblia, como veículo de transmissão da vontade de Deus para o casal, rejeita todas as tentações de Satanás que possam ser oferecidas, como homossexualismo, lesbianismo, pedofilia, bestialismo, adultério, transvestismo, transexualismo, sadomasoquismo, prostituição.
Conclusão
Mais do que ontem, os crentes atuais precisam desfrutar da intimidade sexual como dádiva de Deus, autor do casamento e da sexualidade, tendo a Bíblia como base de suas atitudes e buscando ajuda profissional cristã e de confiança, sempre que for necessária. Como marido e mulher, não basta limitar a existência a assuntos espirituais, celestiais e eternos.