126. Divindade Reconhecida

João 10.22-31

DIVINDADE RECONHECIDA

Introdução

  1. É claro que os amigos sempre falam bem uns dos outros e podem até dizer que você é um anjo do céu, como figura de linguagem exagerada e bondosa.
  2. Sobre a identidade de Jesus Cristo, alguém chegou a dizer que os apóstolos, sendo amigos dele, exageraram ao declarar que era divino em sua essência e natureza.

2.1. Para esses contestadores, Jesus Cristo teria sido um homem qualquer, apenas com algumas virtudes a mais. Seus amigos, todavia, teriam lhe dado o atributo de divino, estabelecendo uma mentira como verdade.

2.2. O texto bíblico, todavia, que acabamos de ler, mostra que também os adversários, os inimigos, os opositores de Jesus Cristo compreenderam claramente suas palavras quando se apresentava sendo igual a Deus.

Desenvolvimento

  1. Esse grupo que no episódio bíblico estava falando com Jesus já tinha ouvido falar que ele se identificara como Filho de Deus, da mesma natureza e essência do Pai Celestial (João 5.17,18).
  2. Por isso, esse grupo se aproximou de Jesus e perguntou abertamente: “Até quando deixarás nossa alma em suspense? Se tu és o Cristo, dizemo-lo abertamente”. O objetivo não era se tornarem crentes, mas ouvir Jesus dizer que era filho de Deus como blasfêmia. A lei judaica estabelecia a pena de morte por apedrejamento para quem blasfemasse (Levítico 24.16).
  3. Na medida em que Jesus Cristo ia falando de Deus como Pai, eles iam se enfurecendo. A iria aumentou ainda mais quando Jesus declarou que eles não eram suas ovelhas (João 10.26-29). Já estavam suficientemente alterados quando ouviram a declaração mais forte de Jesus: “Eu e o Pai somos um”. Era o limite da tolerância deles.

3.1. Jesus já estaria cometendo blasfêmia se dissesse “Eu e o Pai somos dois”, ensinando que haveria dois deuses.

3.2. A blasfêmia se tornou inegável para eles porque Jesus estava afirmando a unicidade de Deus: “Eu e o Pai somos um”. Jesus estava ensinando que o único Deus existe na forma de Pai e Filho, sendo distintos como pessoas, mas iguais em essência e natureza.

  1. Fica inegável que os inimigos de Jesus entenderam claramente suas palavras, razão porque não estariam querendo atirar pedras se ele dissesse que era apenas um homem, semelhante aos outros homens, sendo também por Deus criado.

Conclusão

Eu sei que em nossos dias existem grupos religiosos que não toleram ouvir falar na divindade de Jesus Cristo, acreditando que Jesus foi criado por Deus, sendo apenas preexistente – o primeiro da criação – perfeito, mas humano.

Todavia, se os inimigos, adversários e opositores de Jesus Cristo compreenderam claramente o ensino dele, não há razão para interpretar que os seus amigos fizeram afirmações exageradas sobre ele.

Mesmo correndo o risco de ser apedrejados na atualidade, precisamos continuar afirmando a doutrina da divindade de Jesus Cristo como um dos fundamentos da nossa fé. Jesus revelou que eles não acreditavam, mas é assim que nós cremos e por isso declaramos sua divindade.