Mateus 9.35 / Lucas 4.40
Introdução
- Antes que alguém pense que ao falar das curas de Jesus eu estou também me referindo às curas que hoje são divulgadas por aí, quero fazer leitura de um dos textos escritos pelo famoso Pastor Ricardo Gondim, pastor da Igreja Assembléia de Deus Betesta, em São Paulo.
1.1. Ele escreveu e cito literalmente: “Depois que passei por uma experiência pentecostal e falei em línguas (tecnicamente chamada de glossolália), tornei-me um pentecostal de boa cepa. Compareci a muitas conferências sobre cura divina; duas patrocinadas por Morris Cerullo - Londres e San Diego. Fui evangelista associado da Cruzada Boas Novas, do missionário Bernhard Johnson. Interpretei o Jimmy Swaggart em sua turnê pelo Brasil – Morumbi e Maracanã - Swaggart cria e falava em milagre, embora não fosse propriamente um pregador de cura. Portanto, não sou neófito ou incrédulo no que tange ao transcendente. Sei todos os versículos, todos os raciocínios, que fundamentam a lógica de buscar-se uma solução sobrenatural para as enfermidades. Ninguém precisa converter-me a esse pacote. Sei citar Isaías 53, Marcos 16, I Coríntios 12 e tantos outros textos”.
1.2. Antes que você me pergunte por que ele escreveu este texto, ele mesmo explicou: “Estudo no Programa de Mestrado da Universidade Metodista de São Paulo. Ao lado do edifício Capa, onde temos aula, fica a Clínica de Fisioterapia; ali, a cada instante, encostam-se à calçada diferentes veículos com portadores de deficiências motoras - paralisia cerebral, paraplegia e tetraplegia. Quando chegam, não dá para evitá-los... a dor do mundo me alcançou na calçada de uma clínica de fisioterapia; ali se escancarou a angústia de milhões de mães e o meu coração se fechou para as antigas lógicas milagreiras. Mesmo quando me sinto inclinado a acreditar nos pregadores de cura divina, sou lembrado que multidões de meninos e meninas morrerão de HIV/AIDS em países como Congo, África do Sul, Moçambique e Angola. Quando sou tentado a ser condescendente com os Cerullos, os Benny Hinns e os R. R. Soares da vida, com as suas interpretações literais da Bíblia, lembro-me do mal estar que muitos doentes podem estar sentido naquele exato momento como consequência de uma quimioterapia... Um ministro do evangelho não tem o direito de pregar que, “em tese”, todos serão curados e depois dar de ombros para os que não receberam a bênção dizendo que faltou fé... Precisamos de outras respostas para o sofrimento humano; os pressupostos desses evangélicos, que anunciam cura com tanto estardalhaço, não abarcam a complexidade do sofrimento universal” (Artigo: Onde está o milagre).
- Por isso, ao falar sobre o ministério de cura que Jesus realizou, não estou vinculando com as “curas divinas” que hoje são divulgadas e nem estou me propondo a realizá-las. Minha intenção é que você veja Jesus Cristo curando, além de pregar e ensinar. Minha intenção é que você veja os tipos de curas que Ele realizava. Minha intenção é que a partir das curas que ele realizou você também possa crer apenas em Jesus Cristo, seja ou não curado em nosso tempo.
Desenvolvimento
- Ao realizar suas curas, Jesus alcançava todas as pessoas doentes e enfermas que o procuravam.
1.1. Os textos que registram as curas realizadas por Jesus não mostram nenhum tipo de enfermidade, por mais grave e incurável que fosse aos olhos humanos, sendo resistente ao poder de Jesus. Lucas, que era médico, ao escrever esse texto, faz questão de esclarecer: “enfermos de várias doenças”. Todo e qualquer tipo de enfermidade era curado por Jesus e a pessoa se tornava saudável.
1.2. Os textos não condicionam as curas sendo impedidas por pessoas doentes que seriam incrédulas. Aliás, todo e qualquer doente que chegava a procurá-lo, fazia movido pela fé em maior ou menor grau. Jesus não justificava um doente continuar doente porque não tivera fé. Aliás, ninguém voltava sem cura.
2. Ao narrar as curas de Jesus, os textos mostram origens diferentes das doenças, revelando que seu poder não estava limitado, dependendo do grau ou tipo de enfermidade.
2.1. Algumas pessoas foram curadas depois que espíritos malignos foram expulsos do seu corpo (Lucas 4.41). Ficavam doentes porque demônios as afetavam, como a mulher encurvada: Luc 13.11.
2.2. Outras pessoas foram curadas de doenças geradas por razões emocionais. Hoje são chamadas de doenças psicossomáticas. A mulher curada de um fluxo de sangue foi um exemplo: Lucas 8.43,44. A desorganização emocional afetara seus hormônios gerando “sangramento uterino anormal”.
(http://www.jornalapraca.com.br/cartas/1555-edi-331.html)
2.3. Ainda outras pessoas foram curadas de doenças oriundas de uma vida pecaminosa. O paralítico levado pelos 4 amigos foi um exemplo: Lucas 5.20. Uma vida errada inevitavelmente levará pessoas a ficarem doentes.
2.4. Finalmente havia pessoas que contraíram doenças em virtude de vírus, bactérias, fungos, disfunção celular, fatores genéticos, lesões de parto, alterações no DNA. Todas foram curadas por Jesus!
Conclusão
As curas que certos pajés, curandeiros, feiticeiros, missionários, pastores e padres realizam hoje não chegam nem perto das curas que Jesus realizava. Por isso, meu convite é para que seus olhos sejam redirecionados para Jesus Cristo, entendendo que seu ministério de curas tinha o objetivo de nos ajudar a nele acreditar. Foi o que acontecia naquela época: “E muitos da multidão creram nele, e diziam: Quando o Cristo vier, fará ainda mais sinais do que os que este tem feito?” (João 7.31).
Saudável ou enfermo neste tempo, mantenha sua fé em Jesus Cristo!