74. a Eleição Divina

Efésios 1.4: II Tessalonicenses 2.13

Introdução

  1. Pensando no processo político eleitoral, não haveria nenhuma novidade em dizer que muitos de nós temos interesse em saber o que vai ocorrer nas próximas eleições. Afinal, uma multidão de brasileiros estará caminhando para as urnas, no objetivo de eleger candidatos para diversos cargos.
  2. Também pensando em igrejas, em épocas de indicações de nomes para cargos e funções eclesiásticas, seja anual ou bienal, vocês poderiam participar de uma assembleia e dar seu voto para alguém como sempre ocorre.
  3. A novidade é aproveitarmos o tema das eleições, seja política ou eclesiasticamente e aprender, lembrar ou fixar o que seja a doutrina bíblica da eleição, pois a eleição que vem de Deus é aquela que está ensinada na Bíblia.

Desenvolvimento

  1. O mais importante teólogo batista de todos os tempos, Augusto Strong, em seu Compêndio de Teologia Sistemática, esclarece: “A eleição é aquele eterno ato de Deus, pelo qual, e Seu soberano prazer e devido a nenhum mérito previsto neles, Ele escolhe certos dentre o número de homens pecadores para serem os recipientes da graça especial do Seu Espírito e feitos participantes da salvação de Cristo” (Strong A. H., Systematic Theology, pág. 427).

1.1. Enquanto as pessoas estiveram ouvindo os candidatos à presidência da república, no objetivo de saber qual teria mais virtudes e qualidades para ser eleito, esta doutrina bíblica afirma que Deus elegeu você tendo como base a Sua graça, Seu amor, Sua bondade. Isto pode ficar mais claro se você lembrar que na verdade todos somos pecadores e todos estávamos condenados. Então, com base no sacrifício vicário de Jesus Cristo na cruz do Calvário, Deus deliberou eleger para a salvação todos os que acreditassem em Jesus. A eleição que vem de Deus pressupõe a pecaminosidade universal, o sacrifício expiatório de Jesus e o ato de uma pessoa acreditar em Jesus.

1.2. Neste sentido a doutrina bíblica da eleição é diferente da doutrina calvinista da eleição. O calvinismo, quando fala em eleição, afirma que Deus determinou salvar alguns e condenar outros, sem que a pessoa creia ou não, em nome da soberania absoluta de Deus. Comete dois erros: ignora que na verdade todos já estavam condenados e ignora a exigência das pessoas crerem para serem salvas.

  1. Agora, é bom enfatizar algumas ideias bíblicas sobre a eleição divina: a) Ocorreu antes da fundação do mundo; b) Significa que a morte de Jesus na cruz não foi um “plano B” ou “plano C”, uma vez que tenha havido qualquer falha no projeto original de Deus. Esse era o plano inicial; c) Teve como base a sua pré-ciência. Significa que Deus já sabia que o homem ia pecar e que mais tarde quando o evangelho começasse a ser pregado vários iriam crer em Jesus (Romanos 8.29,30; I Pedro 1.1,2).

» Para que as pessoas experimentem a eleição, existe uma chamada através da pregação (Marcos 1.20; II Tes. 2.14).

  1. W. T. Conner, outro importante teólogo batista, autor do livro Doutrina Cristã Sistemática, escreveu: “Na doutrina da eleição quer dizer que Deus salva através das etapas de um propósito eterno. Isto inclui todas as influências do Evangelho, a obra do Espírito e assim por diante, que guiam o homem a arrepender-se dos seus pecados e aceitar a Cristo. Tanto quanto a liberdade do homem está em jogo, a doutrina da eleição não quer dizer que Deus decreta salvar um homem independente de sua vontade: antes significa que Deus propõe guiar um homem numa tal direção que ele aceitará livremente o Evangelho e será salvo”.

 Conclusão    

    Mesmo que as pesquisas apontem vitória deste ou aquele candidato, todos esperam a contagem eletrônica dos votos para saber quem foi eleito para os respectivos mandatos, a eleição que vem de Deus já foi promulgada antes do início da história humana na terra e estamos eleitos para toda a eternidade.

      Outras pessoas que já foram eleitos precisam saber disso. Então, em vez de distribuirmos prospectos políticos, precisamos distribuir folhetos evangelísticos; em vez de fazermos discursos políticos, precisamos pregar o evangelho. Deus elegeu outras pessoas e elas precisam saber disso!