Mateus 13.1,2, 10-17
Introdução
- Ao sair de sua casa, ir para a beira do mar e entrar num barco para pregar e ensinar, Jesus poderia ter dito: “O evangelho é para todos”. De dentro do barco, à beira mar, poderia ter explicado esta afirmação embasando o que tempos depois seria dito por Pedro: “Pois Deus não faz acepção de pessoas” (Atos 10.34) ou o que seria escrito por Paulo “Deus quer todos sejam salvos” (II Timóteo 2.4).
2.Todavia, o que Jesus fez foi exatamente o oposto. Ele diz, em outras palavras: “O evangelho não é para todos”. Por quê? Por que Deus não quer a todos salvar? Não! Porque as pessoas têm maneiras diferentes de reagir ao evangelho.
Desenvolvimento
- De dentro o barco, à beira mar, para fundamentar o seu ensino, Jesus Cristo cita um texto do profeta Isaías, que tivera a mesma percepção: existem pessoas que tendo coração endurecido ouvem de má vontade, isto é, são indispostos, indiferentes, evasivos. Mais ainda: têm olhos fechados, isto é, pálpebras pesadas, sonolência, entorpecimento.
- Uma vez que as pessoas têm reações diferentes, Jesus ainda dentro do barco, à beira mar, apresentou este fato como motivo pelo qual falava em parábolas, que é “uma história ou ilustração tirada de um caso conhecido ou imaginado, com o objetivo de ensinar verdades espirituais”.
2.1. Quem examinar o Novo Testamento vai encontrar uma lista de mais ou menos 60 parábolas, sendo 4 destacando animais, 7 destacando plantas, 15 destacando variadas situações e 34 destacando comportamento de pessoas.
2.2. Embora a parábola tenha o objetivo didático de ajudar as pessoas a entenderem, somente as pessoas realmente interessadas nas coisas de Deus, apenas os indivíduos que pensam nos assuntos celestiais, exclusivamente os que buscam valores espirituais é que irão perceber, discernir, compreender.
2.3. No caso desta parábola apresentada de dentro do barco, à beira mar, Jesus esclareceu que na verdade existem quatro tipos de pessoas em relação ao evangelho. Comparou a pregação do evangelho com as sementes que caem à beira do caminho, que nascem num solo cheio de pedras, que crescem entre espinhos e que frutificam com abundância em terra fértil. Explicou e vou ler para vocês: Mateus 13.18-23.
- Embora Deus queira que todos sejam salvos e Jesus tenha determinado a pregação do evangelho a todas as pessoas, nem todo realmente tem a reação certa.
4.1. Nem todos acreditam! Nem todos permanecem na igreja! Nem todos são bons e corretos crentes!
4.2. Algumas pessoas permitem que Satanás as torne incrédulas. Outras só esperam alegrias e não aceitam os sofrimentos. Ainda há os que continuam nos prazeres do mundo e da carne mesmo frequentando a igreja.
4.3. A verdade então é que apenas um grupo de pessoas recebe o evangelho positivamente, com otimismo e confiança, sendo leais e fiéis, perseverantes e produtivos.
Conclusão
No dia da profissão de fé, antes do seu batismo, foi perguntado a um jovem que havia se tornado crente em Jesus como ele tinha certeza que estava convertido. O rapaz disse: “Antes eu tinha prazer em jogar, beber, usar drogas, dançar, mentir; prazer com pornografias, comprar e não pagar, não me importar com o tipo de amigos com que saia. Eu dizia que não tinha tempo para e nem para a igreja. Hoje tudo isso mudou. Eu recebi Jesus em minha vida, passei a pensar em Deus, estou frequentando a igreja, tenho prazer em ler a bíblia, escolho minhas amizades e procuro ter uma vida correta”.
Sentindo a brisa do mar tocando o rosto, olhando as suas suaves ondas que chegam à praia e olhando Jesus ministrando de dentro do barco, as pessoas certamente poderiam também pensar consigo mesmas: “Qual será minha reação ao evangelho?”
Por isso, hoje eu faço duas perguntas a vocês:
- Qual será sua reação a Jesus? Vai rejeitá-lo ou recebê-lo?
- Que tipo de crente em Jesus você será ao longo de sua vida?