Lucas 16.19-30
Introdução
- Eu sei que este não é um assunto sobre o qual a maioria das pessoas tenha prazer em ouvir sobre ele. Afinal, se cremos que o inferno é um estado e será um lugar de tormento eterno, onde as pessoas estão e estarão em contínua agonia e sofrimento espiritual, poucas pessoas vão se interessar.
- Ocorre, todavia que embora existam controvérsias estatísticas a respeito das quantidades de vezes que Jesus falou sobre o inferno comparando com a quantidade de vezes que falou sobre o céu, o fato é que o inferno foi um assunto relevante entre outros assuntos para Jesus.
- A razão é muito simples: de acordo com os ensinos de Jesus existe uma multidão de pessoas caminhando a passadas largas para o inferno depois da morte. Ele disse que “larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz a perdição e são muitos os que por ela entram”
- Nesta história também contada por Jesus, ele nos mostra exatamente uma pessoa assim: viveu neste mundo de um determinado modo que depois de sua morte foi para o inferno, achando-se em tormento, agonia e sofrimento espiritual e eterno.
- O detalhe interessante é que ao ler as palavras ditas pelo homem a Deus, percebi que ele também viveu experiência positivas no inferno. Certamente, vocês me perguntarão: “Que experiências positivas seriam essas, considerando que no inferno só existiriam experiências negativas?”.
Desenvolvimento
- Condenado no inferno ele expressou desejo pela salvação de seus familiares e parentes.
1.1. Seu breve perfil biográfico mostra que ele vivera egoistamente evidenciado pelo acumulo de riquezas (16.27,28). Não teria em nenhum momento sido solidário às necessidades de sobrevivência dos que lhe eram próximos.
1.2. Foi por isso, para que não pensássemos nos familiares apenas depois da morte, que o apóstolo Paulo disse ao carcereiro de Filipos, enquanto estava vivo e podia ajuda-los: “Crê no Senhor Jesus Cristo serás salvo tu e tua casa (Atos 16). Quando cremos em Jesus, direta ou indiretamente podemos ajudar nossos parentes e familiares a também serem salvos.
1.3. Foi por isso que Cornélio quando orientado a chamar o apóstolo Pedro para ouvir orientações sobre sua salvação eterna, mandou chamar seus parentes a fim de que todos também pudessem ser salvos (Atos 10). Ele já estava decido a ser crente, mas queria dar a mesma oportunidade aos que lhe eram mais achegados.
1.4. Foi por isso que Lídia ao ouvir o evangelho e pedir seu batismo quis que seus familiares também fossem batizados (Atos 16). Então, toda a parentela desceu às águas do batismo.
1.5. É por isso que, segundo as estatísticas sobre quais são as pessoas que mais se convertem, o número de familiares e parentes é o maior: 49% (Instituto Hagai).
1.6. Desejar a salvação de familiares depois da morte não adianta mais e foi o que Deus disse ao homem no inferno.
- Condenado no inferno ele descobriu a importância do arrependimento para que haja salvação (16.29,30).
2.1. Muitos já sabem que é Jesus Cristo quem salva a todo aquele que nele crê: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.3).
2.2. O que muitos ainda não sabem é que o arrependimento também faz parte das atitudes para a salvação.
* Arrependimento pregado por João Batista
* Arrependimento pregado por Jesus
* Arrependimento pregado pelo apóstolo Pedro.
* Arrependimento pregado pelo apóstolo Paulo.
2.3. E o que significa arrependimento? Significa mudança de mente, de coração, de comportamento, de vida. Por isso a Bíblia ensina “Aquele que está em Cristo nova criatura é. As coisas velhas se passaram e tudo se fez novo”.
2.4. No caso dele, não adiantava mais se arrepender e crer. Já estava morto. Nenhuma cerimônia religiosa poderia tirá-lo daquele estado de sofrimento, agonia e tormento. Mas, ao mesmo tempo, passara a saber que os parentes e familiares poderiam se arrepender.
Conclusão
Acredito que o objetivo de Jesus ao contar essa estória foi nos alertar quanto a necessidade de decidirmos nossa salvação enquanto estamos vivos...
Sim, é verdade, mas acredito que também queria nos mostrar a importância de pensar em outras pessoas que também precisam da mesma salvação, principalmente nossos familiares e parentes, antes deles morrerem.