141. Sucesso de Um Pai

I Samuel 2.23-25

SUCESSO DE UM PAI

Introdução

  1. Sucesso é uma palavra muito usada na vida profissional e financeira, principalmente no meio empresarial. Nesse sentido é que vocês ouvem dizer que alguém é um comerciante, um investidor, um professor, um agricultor, um médico, um advogado, um político, um funcionário bem sucedido.
  2. Todavia, de que adiante ter sucesso profissional ou financeiro se a pessoa também não experimenta sucesso como pai? De que adiante ter resultados positivos em várias atividades, se na família os filhos se deixam levar pela criminalidade, pelas drogas, pela prostituição, pela bebida, pelas orgias, pela ociosidade? De que adianta ter sucesso nos negócios se o que experimenta em sua família é fracasso, como ocorria com Eli, cujos filhos transgrediam as leis de Deus?

Desenvolvimento

  1. Pensando especificamente em Eli como sacerdote, não podemos negar seu sucesso religioso. Foi um dos mais importantes líderes de Israel, tanto como sacerdote quanto como juiz. Foi o tutor do profeta Samuel, criado sob seus cuidados.
  2. Por outro lado, quando sua relação com os filhos é mostrada, o que aparece é uma experiência de fracasso. Seus filhos se tornaram delinquentes, viviam em bebedeiras e praticavam orgias. Ajuntavam-se aos bandos para farem farras, pecando contra Deus. Infelizmente, as mesmas experiências têm sido registradas nos dias de hoje, quando pais lamentam profundamente os desvios de seus filhos. Notícias divulgadas mencionam filhos que mentem, filhas que ofendem, filhos que roubam em casa, filhas que escondem segredos e assim por diante.
  3. Não se pode negar que também, às vezes, os pais procuram fazer o melhor que podem em favor de seus filhos e, mesmo assim, o que experimentam é desilusão. Aliás, a Bíblia mesmo revela que nos últimos tempos haverá filhos “desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus” (II Timóteo 2.3,4). Neste caso, a explicação está no livre arbítrio, isto é, nas escolhas que os próprios filhos fazem, por mais que sejam instruídos no caminho que devem andar para que dele nunca se desviem (Provérbios 22.6). A instrução, a educação, o ensino são dados, mas os filhos escolhem, por si mesmos, seguir seus próprios caminhos ou se deixar influenciar por outras pessoas.
  4. Observando as palavras que um profeta disse a Eli, a respeito de seu fracasso, podemos perceber que, no caso dele, o problema não estava apenas na escolha errada que os filhos fizeram, mas nas suas atitudes permissivas. O profeta lhe disse: “E eu o escolhi dentre todas as tribos de Israel por sacerdote, para oferecer sobre o meu altar, para acender o incenso, e para trazer o éfode perante mim; e dei à casa de teu pai todas as ofertas queimadas dos filhos de Israel. Por que pisastes o meu sacrifício e a minha oferta de alimentos, que ordenei na minha morada, e honras a teus filhos mais do que a mim, para vos engordardes do principal de todas as ofertas do meu povo de Israel? Portanto, diz o Senhor Deus de Israel: Na verdade tinha falado eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém agora diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados” (I Samuel 2.28-30).

4.1. Os filhos faziam coisas erradas e Eli não os repreendia. Ficava omisso. Mostrava com sua permissividade que não honrava a Deus na educação dos seus filhos. Não seguia os ensinos da Bíblia.

4.2. Por mais que em nosso tempo exista restrição à responsabilidade dos pais em corrigir os filhos, havendo até mesmo legislação que regulamenta o ato de castigar os filhos, Lei 13.010/2014, chamada “Lei da Palmada”, a Bíblia insiste na tarefa dos pais em corrigir os filhos. A Bíblia diz: “Quem se nega a disciplinar e repreender seu filho não o ama; quem o ama de fato não hesita em corrigi-lo” (Provérbios 13.24). O autor da carta aos hebreus pergunta: “Que filho há a quem o pai não corrija?” (Hebreus 12.7).

Conclusão

Não podemos deixar de enfatizar relevância do amor e a necessidade da tolerância na relação entre pais e filhos, inclusive para que tenham uma personalidade saudável. Todavia, amor e tolerância sem disciplina e correção é porta aberta para levar os pais a fracassarem em sua vida familiar, mostrando também que não honram a Deus em seus mandamentos.