62. Vocação Ministerial

Amós 7.14,15

VOCAÇÃO MINISTERIAL

Introdução

  1. Vocês sabem que os bons mecânicos, os excelentes pedreiros, os eficientes marceneiros, os competentes professores, os famosos advogados, os hábeis médicos e assim por diante são aqueles que exercem suas funções a partir de uma vocação.
  2. O exercício das atividades espirituais não poderia ser diferente, seja ela o ministério do profeta, seja do pastor, seja do missionário, seja do evangelista. A diferença, todavia, entre as atividades profissionais e as atividades espirituais é que naquelas a vocação é o resultado de fatores genéticos e culturais e, nestas, a vocação inclui um chamado divino. Os profetas, pastores, missionários e evangelistas seriam pessoas às quais Deus mesmo chama para seu serviço, à semelhança do profeta Amós, quando declarou: “O Senhor me tirou de seguir o rebanho, e o Senhor me disse: Vai, e profetiza ao meu povo Israel”.

Desenvolvimento

  1. Quer seja no Velho Testamento, quer seja no Novo Testamento, a experiência do chamado de Deus pode ser verificada em vários exemplos. Deus falou com Amós, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Miqueias, Habacuque, Mateus, João, Pedro, Paulo, Timóteo e outros mais. Descrevendo o início da obra missionária de Paulo e Pedro, Lucas descreve a experiência da seguinte maneira: “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (Atos 13.2). O Espírito de Deus fez o chamado deles para que pregassem o evangelho.
  2. Essa vocação espiritual que é percebida pela pessoa que ouve ou sente o chamado também pode ser verificada através de outros meios.

2.1. No caso de Amós, o sacerdote de Betel chamado Amazias, mesmo rejeitando sua atuação naquela localidade, declara que ele é profeta ou vidente e manda que vá profetizar em outro local. No caso também de Paulo e Pedro, a igreja de Antioquia reconhece a vocação deles e faz a imposição de mãos consagrando-os à obra missionária. Em outras palavras: além do vocacionado, outras pessoas também percebem, enxergam, descobrem quando alguém tem vocação espiritual para a obra do Senhor.

2.2. Outro meio de se perceber que uma pessoa realmente tem vocação espiritual é o fato de que essa pessoa geralmente está ocupada, está trabalhando, está servindo. Tanto Amós, quanto Paulo e Pedro, eram pessoas envolvidas em atividades. Em outras palavras: Deus não chama desocupados, ociosos, preguiçosos, inativos. Amós era agricultor, Paulo era funcionário do sinédrio, Pedro era pescador. Por isso mesmo está escrito em Jeremias 48.10: “Maldito daquele que faz a obra do Senhor relaxadamente” e Jesus Cristo declarou: “Quem lança mão do arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus” (Lucas 9.62). Servir a Deus implica em ter compromisso, responsabilidade, engajamento.

Conclusão

O que quer que uma pessoa faça como atividade em sua vida, se ela fizer com vocação e com dedicação os resultados serão visíveis a todos os que a observam. Principalmente o profeta, o pastor, o missionário e o evangelista precisam ter vocação espiritual, trabalhar com excelência e ser reconhecido publicamente como vocacionado por Deus, à semelhança do que disse uma mulher sobre Eliseu: “Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus” (II Reis 4.9).