269. A Última Geração

Lucas 21.25-32

A ÚLTIMA GERAÇÃO

Introdução

  1. Embora Jesus Cristo tenha mencionado vários sinais a respeito do fim do mundo e de sua volta, respondendo à pergunta dos discípulos, vários desses sinais estavam associados especificamente à destruição da cidade de Jerusalém, o que ocorreu no ano 70. Daí por diante, os outros sinais que foram mencionados é que estão associados ao fim de todas as coisas e à sua volta, principalmente os sinais cosmológicos, isto é, “sinais no sol, na lua, nas estrelas” com alterações assustadoras no planeta terra, produzindo intensa angústia nos povos e nações.
  2. Outro detalhe esclarecedor foi a informação de que haverá uma última geração que irá testemunhar esses acontecimentos finais. Quando ele disse “não passará essa geração, até que tudo aconteça”, ele não estava se referindo à sua geração ou dos apóstolos, como muita gente interpretou na época e ao longo dos tempos. Jesus estava se referindo a uma última geração que testemunhará os sinais da sua volta. Essa geração não passará sem que tudo o que foi predito aconteça.

Desenvolvimento

  1. Existe um ensino de que o tempo de uma geração é o tempo relativo ao período em que as pessoas nascem, crescem, casam e começam a ter filhos, sendo assim substituídas, o que dura em media 20 a 30 anos. Todavia, também existe outro ensino informando que o tempo de uma geração está associado com o tempo de expectativa de vida, isto é, entre o nascimento e a morte das pessoas, o que varia muita de época em época. Assim como a expectativa de vida em outras épocas era de 30 a 40 anos, atualmente está em torno de 70 a 80 anos.

1.1. Isto significa, por exemplo, que não estamos falando do tempo contado para identificar as gerações X, Y, Z, Alpha, Beta, que é de cerca de 10 a 20 anos entre uma e outra.

1.2. Estamos falando de uma geração de pessoas que irão nascer e não  morrerão sem ver o fim de todas as coisas e a volta de Jesus Cristo. Será uma geração de pessoas que “verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória”.

  1. Esta percepção e compreensão corrige a interpretação de que Jesus Cristo teria se enganado ao ensinar que sua geração e dos apóstolos não passaria até que tudo se cumprisse. Aliás, Jesus foi muito claro em afirmar que nem ele e nem os anjos sabiam quando iria ocorrer: “Daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Marcos 13.32).
  2. Esta percepção e compreensão nos faz entender o que o apóstolo Pedro anteviu a respeito do que iria ocorrer com o passar do tempo: “Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação” (II Pedro 3.3,4). A demora no cumprimento dessa promessa produz incredulidade e zombaria.
  3. Esta percepção e compreensão nos alerta quanto à atitude de pessoas em estabelecer uma data específica e produzir ainda mais zombaria e incredulidade, como aconteceu várias vezes ao longo dos últimos tempos. As principais datas foram: 500, 1.000, 1.666, 1844, 1.9l0, 1.999, 2012, além de muitas outras feitas por muitos religiosos e relacionadas na Wikipédia: https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_dates_predicted_for_apocalyptic_events.

Conclusão

Os primeiros sinais foram cumpridos por ocasião da destruição de Jerusalém. Outros sinais estão se cumprindo ao longo dos tempos, tais como guerras, fomes, terremotos, pestes, falsos profetas, esfriamento da fé e pregação mundial do evangelho (que ainda está acontecendo). Os últimos sinais serão no céu: no sol, na lua, nas estrelas. Haverá uma última geração que verá esses últimos sinais se cumprindo e, até lá, o que nos cabe é perseverar na fé, aguardando a nossa salvação individual após a nossa morte.